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quarta-feira, 2 de junho de 2010

Matéria publicada na Revista Saúde & Você

Mais de sete décadas de saúde

Por Tonny M. Joferrci


Depois de mais de sete décadas os trabalhos guiados por Deus e iniciados pelo casal Gordon continuam a serem efetuados. O Hospital Presbiteriano Dr. Gordon é uma entidade de caráter filantrópico, e formado por unidades de internação com 118 leitos. Sendo que seu sistema comporta uma unidade de pronto atendimento, responsável pelo maior número de atendimentos da região, abrangendo 27 municípios, cerca de 600 mil habitantes, UTI – a única que atende SUS da região, centro obstétrico, laboratório, raios-x, plano de saúde próprio e outros serviços complementares.

O Hospital Presbiteriano Dr. Gordon nasceu da vontade do Dr. Donald C. Gordon de servir a Deus e ao próximo através da ciência da medicina. E é nesse contexto, que o novo Diretor Geral, Elézer de Ataídes, vem trabalhando. Conheça um pouco mais os projetos, e o homem a frente dessa instituição.

S&V - O que o Sr. considera de diferencial na sua gestão frente ao Hospital?

E quais as principais metas?

Elézer - O diferencial de gestão nesse momento é o “choque de gestão”. As pessoas têm que entender que os tempos mudaram, a administração mudou. Hoje não posso me dar ao luxo de continuar com pessoas que não querem a mudança, o objetivo é que todos falem a mesma língua: filantropia e progresso. Uma de nossas principais metas é a recuperação financeira do hospital. Diferente do que muita gente pensa, embora o hospital seja uma instituição privada, ele sempre termina o mês no prejuízo, devido nosso ideal de filantropia.

S&V - Qual o tipo de vinculo do Hospital com o plano de saúde CRAM?

Elézer - O hospital é dono do plano de saúde CRAM, nós o utilizamos como suporte para a nossa prática filantrópica.

S&V - A filantropia é praticada de que forma?

Elézer - A filantropia no hospital hoje tem que atender ao menos 60% de pacientes SUS. Em alguns momentos das sete décadas de nossa história isso não aconteceu, mas o nosso nome hoje é filantropia, estamos montando formas para preencher esse percentual e aperfeiçoar o atendimento, não adianta simplesmente “abrir as portas” sem ter estrutura para tal.

S&V - Existe previsão de reformas?

Elézer - Dentre as várias reformas, temos o de duplicar a capacidade da UTI, de oito para dezesseis leitos, estamos buscando recursos do poder público para executar essa reforma.

S&V - O HERV se preocupa com a Humanização Hospitalar?

Elézer - A humanização hospitalar é uma de nossas metas, porém não temos – no momento - base financeira para realizar tudo o que é necessário. O maior impedimento da humanização em hospitais que atendem SUS é essa falta de recursos, mas que não pode ser usado de desculpa para a não realização. Por isso caminhamos etapa por etapa em busca de um ambiente humanizado e acolhedor. Na nossa UTI, por exemplo, quem já teve um familiar ou amigo internado já participou das reuniões de acolhimento, onde se é feito uma orientação e humanização realizada por nosso psicólogo mestre Joel Spadoni. Com essa pequena atitude – ao comparar com o muito que tem de ser feito – diminuímos uma série de problemas e auxiliamos as famílias nesse momento tão doloroso. Sem contar nosso capelão, Reverendo Doutor. Eudóxio Santos, que faz o trabalho espiritual, atendendo leito por leito.

S&V - O Hospital tem sido alvo de várias reclamações nos veículos de comunicação, o que o Sr. tem a dizer sobre isso?

Elézer - A maioria dessas reclamações são infundadas, mas nossa assessoria de Marketing e Comunicação está tomando as atitudes necessárias para sanar esse tipo de problema, com a criação da Ouvidoria do HERV que irá solucionar essas situações sem que seja necessário o uso do 4º poder - a imprensa. Assim que tudo estiver pronto, comunicaremos o telefone e o e-mail da ouvidoria.

S&V - Qual a importância da construção do UPA em Rio Verde para a melhora do atendimento nos Hospitais?

Elézer - A UPA hoje vem desafogar a emergência dos hospitais, é o poder público tomando parte desses atendimentos. Os casos complexos virão para cá, normalmente, mas o atendimento intermediário e de médio e baixo risco, ocorrerá nessas unidades.


Maio/2010

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