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sexta-feira, 5 de julho de 2024

PERGUNTAS REALIZADAS EM NOSSO CONGRESSO SÃO RESPONDIDAS PELO REV. MARCELO PEREIRA



Durante o nosso Congresso de Capelania, promovemos mesas redondas para interação com os participantes, permitindo perguntas e debates. Infelizmente, devido à limitação de tempo, algumas questões ficaram sem resposta. Contudo, o Rev. Marcelo Pereira (Capelão do Hospital Mackenzie de Curitiba) gentilmente dedicou um momento pós-evento para responder a essas perguntas.

Abaixo, você encontrará as respostas fornecidas por ele:


1. Nos instantes finais da vida de uma pessoa, com poucos minutos para levá-la a conhecer e a aceitar nosso Senhor Jesus, qual a melhor abordagem nesse momento tão importante? O que dizer?

Creio que uma abordagem falando do cuidado de Deus em todas as circunstâncias, do perdão que ele nos dá pela graça e misericórdia de Cristo Jesus, seja mais apropriada.

Que Ele nos segura pela mão e promete estar conosco para todo o sempre seja mais indicado, mas cada caso é um caso, porque as pessoas são diferentes e reagem a este momento de diferentes maneiras.

Temos que ter sempre em mente que quem conduz todo a conversão é o Espírito Santo, qualquer Palavra que falemos está sujeita a ação direta Dele. Ele sonda os corações (Sl 139) e convence o pecador do seu pecado, do juízo e da justiça de Deus, como bem disse Jesus (João 16:8).

Acima de tudo é um momento da pessoa com o Criador.


2. Existe possibilidade de pessoas imunossuprimidas trabalhar na capelania com doentes e enfermos?

Sob hipótese alguma! Pessoas debilitadas não devem fazer trabalho em contato com ambiente hospitalar como um todo, afinal é um local onde circula muitos vírus e bactérias.

Somente pessoas que estejam em sua saúde ideal devem fazer trabalhos em hospitais.


3. Como um capelão deve agir se pacientes os abordar com perguntas sobre seu estado de saúde?

Qualquer posicionamento sobre o estado de saúde de um paciente deve ser feito, exclusivamente pela equipe médica. 

Nunca o capelão deve fazer isso, não é nossa atribuição e não temos conhecimento técnico para tal.

Aproveitando, algumas pessoas querem que passemos boletins médicos de parentes ou amigos internados, não devemos fazer isso.

Somente a equipe médica poderá fazê-lo.


4. Como proceder mediante a súplica de um paciente que solicita que o capelão interceda por ele mediante um familiar que não o quer ver tão pouco o visitar?

Sempre devemos entender que problemas relacionais vêm à tona em momentos de doença e isto pode ter um aspecto positivo, pois, em alguns casos, as pessoas superam suas diferenças e se aproximam.

Mas existem casos em que o contrário acontece, as pessoas se afastam ou se mantêm afastadas neste momento complicado.

Não temos conhecimento de todos os lados desta história e não devemos tomar partidos.

Aconselho neste caso que seja buscado ajuda do serviço social ou da psicologia para ajudar.

Quam sabe abordando a pessoa que está acompanhando o enfermo solicitante para que entre em contato com esta pessoa e passe o desejo do paciente em encontrá-lo. 


5. Existe uma maneira de incluir e estender a evangelização aos enfermeiros, médicos e etc…? Se sim qual seria a forma mais adequada?

Existe sim, cada vez que temos contato com os paciente e familiares, cada oportunidades que temos de conversar com eles, cada reunião familiar que participamos, são possibilidades de evangelização desta pessoa.

Lembre, ocupamos espaço pela disposição e não pela imposição.

Aproveitando bem cada oportunidade, testemunhamos nossa fé.


6. Se o hospital porventura quiser tirar fotos e divulgar o trabalho que o capelão tem feito em redes sociais e etc…, como proceder?

Podem ser tiradas fotos do trabalho sim, porém nunca deve ser divulgada imagem do paciente, familiar, a não ser que ele dê consentimento, com assinatura autorizando a exposição da imagem.

Caso contrário, imagem de paciente algum deve ser divulgada.

Se o paciente tirar foto conosco e postar, foi algo que ele fez e não nós da capelania.

Em primeiro lugar devemos ter respeito pelo paciente não expondo-o inadvertidamente.

Em segundo lugar, hoje temos a lei geral de proteção de dados que veda exposição da imagem sem autorização prévia, sob pena de gerar multas milionárias para o hospital.

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